9/28/2016

A credite: A ditadura voltou

A tropa de choque contra o palhaço Tico

O palhaço Tico Bonito foi preso ‘em flagrante’ pela Tropa de Choque na cidade de Cascavel, PR, após dizer em sua apresentação que a polícia ‘só protege burguês e o Beto Richa’, por ‘desacato’

Policiais da Tropa de Choque da cidade de Cascável devem ter ficado chocados (com o perdão do trocadilho infame) ao ouvir o palhaço Tico Bonito dizer em alto e bom som em meio à sua apresentação que a polícia “só protege burguês e o Beto Richa” (governador do Paraná), e que os policiais não passam de “seguranças particulares pagos pelo povo”.

Mais como tudo termina a favor da policia, mesmo se ela matar um inocente e não aver prova em baixo podemo ver uma parte importante pra ser analisada pra montar um processo contra estes policiais por abuso. 

Veja em baixo as provas de abuso:

Essas simples frases foram o suficiente para que o carro da polícia que passava ao lado parasse, desse marcha ré, e os policiais em seu interior descessem e interrompessem a apresentação de Tico Bonito para prendê-lo “em flagrante”. Em meio às vaias e protestos de todos os que assistiam a apresentação, os policiais explicavam que a acusação era por desacato. 

Os jornais mostrar



Afinal, eles são a autoridade e o palhaço ousou gritar que “o rei está nu”, ou seja, em dizer, e transformar em piada, aquilo que é evidente: que a polícia serve para proteger os ricos e a propriedade privada, atuando cotidianamente na repressão da juventude negra e pobre das periferias.

Tico resistiu a ser enfiado no camburão, este, cercado por vários dos espectadores de sua apresentação, agora, graças à ação truculenta da polícia, convertidos em manifestantes contra a violência que exerciam contra o palhaço. Enquanto isso, o palhaço gritava: “Não é desacato dizer a verdade”. Para a polícia, para o Estado que ela protege, sim. E a prisão de tico era a continuidade da violência que exerceram, de forma brutal e indiscriminada. Tico era, ali na praça, insolente, a voz dos professores reprimidos a ecoar ainda, mesmo após o fim da greve. E o ridículo de uma polícia que se vê na situação de prender “em flagra” o palhaço Tico Bonito, em meio às vaias da população, é também o ridículo de um governo que foi desmascarado diante de todo o país ao reprimir os professores que lutavam por condições dignas de trabalho. O humor, como demonstrou Tico Bonito, pode ser uma arma que fere o orgulho da “corporação” e suas armas a postos para defender os poderosos.



9/26/2016

Policia mata criancinhas

PM mata jovem de 14 anos e cria clima de terror no Grajaú


Lucas Custódio dos Santos, 14 anos
Agentes da PM-SP (Polícia Militar do Estado de São Paulo) mataram o adolescente Lucas Custódio dos Santos, o Dudinha, negro, 14 anos, por volta das 14h desta quarta-feira (27) em um terreno baldio na Favela do Sucupira, região do Grajaú, zona sul da capital. Segundo primos e um irmão do jovem, Lucas voltava de um jogo de futebol quando tomou um tiro na perna. Depois do primeiro disparo, assustado, ele tentou fugir e foi alvejado mais vezes. Testemunhas relatam que policiais militares dispararam seis vezes contra o rapaz, acertando três tiros, além da perna, dois no abdômen.


Série de reportagens sobre o caso:

PM mata jovem de 16 anos e cria clima de terror no Grajaú
PMs demoraram 5 horas para informar morte de adolescente
Moradora relata agressões de PM no caso de morte de jovem no Grajaú
“Se você não sair agora, vou dar um tiro bem na sua barriga, matar você e seu filho”
Testemunhas dizem que Lucas estava algemado e que pediu a PMs para não ser morto
Morte de Lucas é a quinta no currículo de PM

De acordo com a corporação, dois adolescentes foram abordados e tentaram fugir. Um conseguiu escapar. A PM afirma que Lucas foi socorrido e levado ao Hospital Maria Antonieta, mas um vídeo, obtido com exclusividade pela Ponte Jornalismo, mostra que o corpo do jovem estava envolto com uma manta térmica. Segundo os moradores da região, ele deixou o terreno coberto por essa manta como um cadáver. Moradores afirmaram, ainda, que um dos policiais envolvidos no caso colocou as mãos na cabeça e disse estar arrependido do que fez. O caso foi registrado no 101o DP (Distrito Policial).



No amazonas também teve PM assasino


Ministério Público do AM irá entrar com recurso para anular decisão do júri.
Familiares dos réus comemoraram a absolvição dos policiais militares.

Em entrevista ao G1, a mãe do PM André Castilho, Marisa Castilho, de 55 anos, disse estar magoada com as acusações feitas contra o filho. "Ele ficou preso 1 ano e 4 meses injustamente. Quero saber quem vai dar a ele agora os momentos perdidos. Meu filho estava excluído da sociedade", disse a comerciante.




A casa caiu para os PMs assasinos da Av Giovanni 

Não há indícios de disparos do carro de menino morto pela PM, diz perícia


Veja o novo depoimento dado sobre disparo feito pelo PMs assasinos que matou criancinha de 10 anos.

 

 Fatos que compricar pra os PMs que foram divugado na midia

* Garoto de 11 anos diz que viu PM 'plantar' arma

* Contra regra da polícia, arma foi após morte de menino em SP

* PM envolvido em morte de menino muda versão sobre momento de tiro

* PM desobedeceu Copom e atirou em menino

Independente das provas dos períto criminais você caro leitor já consegue fazer juizo como este 4 fatos de sima e ter um veredito e agir sem necessidade de um juiz com seu jures dizer "os PMs foram pra mata" e cumprir a politica de estado.

Morte chocou comunidade
Os moradores do Morro do Piolho, na Zona Sul de São Paulo, disseram ao G1 que menor não andava armado. No boletim de ocorrência foi registrado "homícidio decorrente de oposição à intervenção militar".


“Eles não tinham dinheiro nem para comer, como iam comprar uma arma?”, questiona um morador, que prefere não se identificar.

"Meu Deus, ele só queria cantar, o negócio dele era cantar. Ele só queria atenção, meu Deus, por que fizeram isso com ele, moço, me ajuda. Me ajuda pelo amor de Deus, gente. Ajuda eu moço, pelo amor de Deus, põe esses polícia na cadeia, me ajuda. Ô gente, pelo amor de Deus, meu filho só tem 10 aninhos", disse Cintia Ferreira Francelino, de 29 anos, mãe do menor. 

 

Mataram o Rafa Crack


Por Nene da comunidade

Jorge Rafaat Toumani, 56, “o Rafa Crack “ morreu em emboscada de mais de cem mercenários da facção criminosa PCC, segundo midia em uma força tarefa cojunta com a PMs que atuaram como milicia/mercenario matado a mando dos PCC em troca de dinheiro e maconha pra fumar nas viaturas SP foi noticia pelo mundo.


A polícia paraguaia, muito corrupta e safada, suspeita que a execução tenha sido planejada pela facção criminosa paulista PCC (Primeiro Comando da Capital), que busca se estabelecer na fronteira em parceria com o "barão da droga" Jarvis Ximenes Pavão.

Também não descarta que o Comando Vermelho, outra facção brasileira, tenha participado da operação. Segundo vi no noticario paraguaio os policiais estavam dado cobertura pra os traficantes atacar o rival, em troca de cocaina pra cheirar já que lá a policia cheira mais que a 4 cracoladia. Este tipo de cosia que já vimos à PM fazer muito aqui no Capão Redondo.

Já neste ano, em 11 de março, policiais do Departamento Contra Delitos Econômicos e Financeiros confiscaram em Pedro Juan Caballero duas propriedades de Jorge Rafaat Toumani. Então considerou caça dum atentado frustado por parte de membros do grupo criminal PCC.

Lembramos que o grupo criminal foi perseguido e teve que abandonar, no lado brasileiro, um caminhão blindado e uma poderosa metralhadora. Supostamente, com este armamento pretendiam atacar a fortaleza no Paraguai de Jorge Rafaat, porém a manobra saiu mal e os delinquentes terminaram sendo perseguidos pelos comparsas de Rafaat, quem, segundo se presume, antecipou ao ataque com ajuda da Polícia local.

Segundo policiais civis e federais, a região de Pedro Juan Caballero é a única do Paraguai que não tinha sido dominada pelos traficantes do PCC. Com um pequeno exército à disposição, "Padrinho", como era conhecido, repeliu várias tentativas de traficantes brasileiros de domínio do tráfico local.

UMA GUERRA NA FRONTEIRA PODE GERAR GUERRA CIVIL À CAMINHO

Em 11 de abril deste ano, uma reportagem do ABC Color anunciava que uma verdadeira “guerra” aparentemente se avizinhava na fronteira seca paraguaio-brasileira, segundo as investigações das autoridades da área. Esta dedução se deu baseada na descoberta de grandes arsenais e veículos blindados durante as investigações efetuadas nas últimas semanas em Pedro Juan Caballero e Assunção por parte da Senad e Polícia Nacional. E vai atigir as famila brasileira e do mundo que este grupos fizer parte.

Voce^deve tar dizendo: Oque eu tenho aver com isto? Se você for mais um que só sabe fazer filho e trepa com a mulherda nada mais se for homem tudo. Portanto se prepare pra guerra de periferia pra tiramos as drogas das nossa crianças e adolecentes.

E guerra civil? Como assim? Bém se você é tampado pode fechar os olho, se for um pucha saco de chefe, tipo que gosta de aparecer pra ganhar um carguinho ficando como um PM faz pra agradar comandates, fazendo tudo que ele mandar cujo o objetivo termina na morte de inocente. Lembrando que estes inocentes mortos pela policia que não tem a menor codição de se proteger o povo , continua a ter este tipos de humilhação ao ponto de ver policiais traficar e matar pessoas desarmadas como o camelo que morreu aqui na LAPA , bairro de SP que foi mostrado na impressa e no youtube. O povo paga imposto pra policia andar de carrinho e ficar cantando as meninhas e quando tem tempo sai fazendo besteiras e homicido conta os mais pobres. Isto tem um nome. Facismo!

Entre desafetos, site alemão diz que Rafaat teria atentado até contra um senador

Jorge Rafaat Toumani, 56, o “rei da fronteira” pelo crescimento de seus negócios e pelo envolvimento evidente no narcotráfico de drogas colecionou muito mais de que fortuna, fortalezas, carrões e poder.
Colecionou inimigos, e todos eles mortais.

Ainda mais numa fronteira onde o Brasil é incompetente em sua atuação e o Paraguai, por razões óbvias, deixa meia dúzia de policiais contaminados pela corrupção e despreparados sem condições de agir.

“Padrinho”, como era conhecido, repeliu várias tentativas de traficantes brasileiros de domínio do tráfico local.
Rafaat havia escapado de dois atentados, o último deles há três meses.

Desta vez, os pistoleiros cercaram o jipe Hummer dirigido por Rafaat e romperam a blindagem com armamento militar de calibre.50 acoplado na parte traseira de uma Toyota Hilux SW4. Ele foi atingido por 16 projéteis na última quarta-feira, 15/06.

Na esquerda podemos ver os que é quem, o primeiro de sima, inimigo declarado de Rafaat  é o narcotraficante Jarvis Chimenes Pavão, que está preso desde 2010 no Centro Penitenciario de Tacumbú, localizado do bairro que lhe empresta o nome, no oeste da capital paraguaia, Assunção. O segundo Fahd Jamil, empresário que já foi apontado diversas vezes como chefe do crime organizado na região, mas permanece livre. No centro de todos temos o nosso brazuka Jorge Rafaat Toumani “ o Rafa Crack” vamos continuar... O terceiro presidente do senado paraguaio, Robert Acevedo, que escapou de uma tentativa de assassinato há 6 anos e teria sido feita por integrantes do PCC. Quarto Trata-se do gaúcho Irineu Domingo Soligo, o Pingo, condenado no Brasil a 40 anos de prisão.

A atuação de Jorge Rafaat Toumani que é visto como empressario no tráfico de drogas é conhecido pela Polícia Civil de São Paulo desde a década de 1990; Aecio Neves é reconhecido pelo DEA dos EUA.
DEA veio ao Brasil, após mídia internacional envolver Aécio Neves com tráfico internacional de drogas

UM POUCO MAIS DE RAFA CRACK

A Polícia Federal desbaratou, em 2010, uma das principais quadrilhas responsáveis pelo abastecimento de cocaína no Vale do Sinos, no RS, e na Região Metropolitana. O grupo, com tentáculos na Bolívia e no Paraguai, era liderado por Pingo, ex-parceiro de Fernandinho Beira-Mar, e um dos filho dele.

O site continua ainda dizendo que Jorge Rafaat Toumani é considerado pelo DEA dos EUA como uma figura-chave entre os barões da droga no Paraguai. Em agosto 2014, encontraram 847 kg de cocaína em um recipiente cheio de arroz com destino a Alemanha, que levava o logotipo de sua organização. Esta é a quarta maior entrega que poderia ser apreendido pela polícia anti-drogas no Paraguai.
Ele também participou da criação de uma rede que recrutou paraguaios Mulheres na Europa para serviços sexuais. Finaliza os alemães. Tem fama de ser um empresario criminoso à serviço do crime. Politicos com Aércio
PCC

Traficantes brasileiros, que buscam o domínio da fronteira com o Mato Grosso do Sul para comandar suas operações, vêm protagonizando um combate franco, com inúmeras vítimas até agora desde 2007, quando a fronteira foi “invadida” por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) vindos principalmente do Complexo do Alemão e da Favela da Rocinha no Rio de Janeiro, depois das operações de pacificação deflagradas pelas instituições de segurança.Atuaram agora notadamente no assassinato de Jorge Rafaat.

As cenas de violência ligadas ao narcotráfico e ao contrabando na região há décadas não são mais motivos de surpresa para a população, acostumada com o rótulo que a região recebeu de ser uma das principais rotas do tráfico internacional, ficaram mais frequentes e com características e “modus operandi” diferentes dos habituais atentados registrados nos dois lados da linha internacional [o modo tradicional é a execução por duplas, ocupando motos sem identificação] depois das ações contra o tráfico de drogas imposto pelas autoridades do Rio de Janeiro. A operação policial no Complexo do Alemão e na Favela da Rocinha foram deflagradas em junho de 2007, no Rio de Janeiro, e reuniu 1.350 policiais, entre civis, militares e soldados da Força Nacional, do Exército e da Marinha.

Os comandantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) escolheram a fronteira Ponta Porã/Pedro Juan para se instalar. Teriam sido 23 os chefões do tráfico que se mudaram na época para a “terraza del norte”, onde, depois disso, mansões e bunkers se multiplicaram por toda a cidade e passou a ser comum encontrar casas velhas e mal conservadas ocupadas por dezenas de homens fortemente armados e conduzindo utilitários de última geração.

Os rumores dão conta de que, ao “ocupar” Pedro Juan, os chefes das quadrilhas impuseram uma regra geral para a bandidagem já instalada na região: “daqui para frente, quem mandar para fora da fronteira carregamentos de drogas, pneus, cigarros, uísque e armas, deve pagar uma “comissão” de 30% para os “comandantes””.

HISTORICOS E LOCALIDADE DOS CRIMES
Em 1993, equipes do Denarc (narcóticos) apreenderam duas toneladas de maconha e 70 kg de haxixe escondidos em meio a uma carga de madeira.

Os policiais partiram em diligência para um endereço em Ponta Porã (MS) que constava na nota fiscal da carga transportada. 

Lá, só encontraram uma casa onde estavam instalados equipamentos de rádio (tecnologia de última geração) que enviavam para o lado paraguaio, em Pedro Juan Caballero, os telefonemas recebidos naquele endereço.
Descobriram, também, que tudo pertencia a pessoas ligadas Toumani e, desde então, acompanham notícias dele.

CLONOLOGIA DOS FATOS

1. Ataque

Rafaat estava em um jipe Hummer blindado, no centro da cidade, quando foi alvo de tiros. Os vidros do veículo não resistiram às balas de uma metralhadora de calibre.50
Ele morreu ao volante, sem tentar se defender, segundo disse o médico legista Marcos Prieto, que inspecionou o corpo, à imprensa paraguaia

2. Tiroteio

Os seguranças do traficante, que estavam em outro veículo, tocaram tiros com os pistoleiros por cerca de 4 horas

3. Desfecho

O tiroteio continuou até a r. José Felix Estigarribia, em uma área onde ficam universidades, bares, bancos e um sanatório
Após o crime, ainda houve um ataque a prédios de empresas de Rafaat no Paraguai, e foi colocado fogo em uma revenda de pneus do traficante

Veja como ficou o carro, depois que foi fuzilado com um ponto 50

Um dos que mostraram preocupação com essa questão foi o policial federal e secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. “Temos relatórios dando conta de que a facção [PCC] já atua no Paraguai e isso, se confirmado, vai mexer com o futuro da criminalidade no Brasil. A morte desse traficante [Rafaat] é um alerta muito grave para todos nós", disse Beltrame ao site de notícias G1.

A disputa pelo poder entre os traficantes se intensificou neste ano. Dados da delegacia regional da Polícia Civil de Ponta Porã mostram que, desde janeiro, 36 pessoas foram assassinadas no lado brasileiro, sendo 25 delas em decorrência da “guerra” interna dos criminosos. “O clima no nosso lado está tenso muito por causa do que ocorre lá no Paraguai. Na véspera da morte do Rafaat um investigador nosso foi morto por conta do combate que estamos fazendo aqui e isso só mostra que precisamos cada vez mais nos integrar para evitar a expansão do narcotráfico”, afirmou o delegado Jarley Inácio de Souza, o responsável pelo setor tático-operacional da Polícia Civil na fronteira.

Fontes do Ministério do Interior do Paraguai, a quem a Polícia Nacional é subordinada, relataram que entre 30 e 40 veículos estavam na emboscada armada para assassinar Rafaat. Cada um tinha entre três e quatro mercenários. Até o início da noite desta sexta-feira, nove pessoas haviam sido detidas. O ex-militar carioca Sérgio Lima dos Santos, de 34 anos, é apontado como o responsável por manusear a arma que matou o “rei do tráfico”. “Só uma pessoa com o treinamento militar mesmo teria condições de usar essa arma”, declarou um policial paraguaio que atua na investigação. Santos foi baleado por comparsas do traficante e está internado em estado grave em uma clínica particular no Paraguai.

Os comandantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) escolheram a fronteira Ponta Porã/Pedro Juan para se instalar. Teriam sido 23 os chefões do tráfico que se mudaram na época para a “terraza del norte”, onde, depois disso, mansões e bunkers se multiplicaram por toda a cidade e passou a ser comum encontrar casas velhas e mal conservadas ocupadas por dezenas de homens fortemente armados e conduzindo utilitários de última geração.

Os rumores dão conta de que, ao “ocupar” Pedro Juan, os chefes das quadrilhas impuseram uma regra geral para a bandidagem já instalada na região: “daqui para frente, quem mandar para fora da fronteira carregamentos de drogas, pneus, cigarros, uísque e armas, deve pagar uma “comissão” de 30% para os “comandantes””.

Com isso, o número de mortes em circunstâncias violentas e com requintes de selvageria foi potencializado.

Rafaat, apelidado de Sadam e também conhecido como o “Rafa Crack” na fronteira, estava em sua camionete blindada e escoltada por cerca de 30 seguranças quando foi bloqueado por outro veículo em um cruzamento de Pedro Juan Caballero na quarta-feira passada. Desse carro partiram mais de 400 disparos de uma metralhadora .50, um armamento usado em guerras para derrubar aeronaves. Ao menos metade dos tiros atingiram o automóvel blindado e Rafaat morreu na hora. As imagens divulgadas pela Polícia Nacional do Paraguai mostram a cabeça do traficante com um rombo maior do que duas bolas de tênis e buracos por todo o corpo.

O ex-militar carioca Sérgio Lima dos Santos, de 34 anos, é apontado como o responsável por manusear a arma que matou o “rei do tráfico”. “Só uma pessoa com o treinamento militar mesmo teria condições de usar essa arma”, declarou um policial paraguaio que atua na investigação. Santos foi baleado por comparsas do traficante e está internado em estado grave em uma clínica particular no Paraguai.

Fontes do Ministério do Interior do Paraguai, a quem a Polícia Nacional é subordinada, relataram que entre 30 e 40 veículos estavam na emboscada armada para assassinar Rafaat. Cada um tinha entre três e quatro mercenários. Até o início da noite desta sexta-feira, nove pessoas haviam sido detidas. O ex-militar carioca Sérgio Lima dos Santos, de 34 anos, é apontado como o responsável por manusear a arma que matou o “rei do tráfico”. “Só uma pessoa com o treinamento militar mesmo teria condições de usar essa arma”, declarou um policial paraguaio que atua na investigação. Santos foi baleado por comparsas do traficante e está internado em estado grave em uma clínica particular no Paraguai.

Atentados

Depois do assassinato, ocorreu uma onda de atentados contra empresas de Rafaat. Diversas delas foram incendiadas e alvejadas por tiros. O traficante morto tinha mais de uma dezena de empresas em várias áreas, ia de lojas de pneus a faculdades de medicina ou firmas de segurança privada, todas sediadas no Paraguai. Em 2014, ele foi condenado a 47 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico internacional de drogas. Teve sete aviões e seis fazendas apreendidas pela Justiça brasileira no processo em que era acusado de transportar quase uma tonelada de cocaína, mas não chegou a ser preso, estava recorrendo da sentença em liberdade. Até sua morte, ele respondia a ao menos três processos na Justiça brasileira ao lado de outros dois comparsas – um deles está preso em Assunção e outro foragido.

O ministro do Interior do Paraguai, Francisco de Vargas, relatou à imprensa local que após o crime enviou reforço policial a Pedro Juan Caballero e determinou a intensificação das investigações de qualquer delito relacionado ao traficante. Em diversos bairros dessa cidade, os moradores foram proibidos de circular ao anoitecer. “O clima é o mais tenso desde que atuo na fronteira, há 15 anos”, disse um investigador paraguaio.

Na noite do crime, tanques do Exército brasileiro foram vistos circulando pelas ruas de Ponta Porã. Moradores começaram a divulgar que havia um reforço militar na cidade e que diversos toques de recolher estavam ocorrendo – informação negada pelas autoridades da área de segurança. O Ministério da Defesa negou que tenha enviado tropas específicas para essa ação e disse que já estava na cidade em decorrência da operação Ágata, que nada tem a ver com o crime contra Rafaat.

Procurado para comentar o clima de insegurança na fronteira, o Ministério da Justiça não se manifestou nem informou se enviará a Força Nacional para Ponta Porã ou se reforçará o efetivo da Polícia Federal já existente na cidade. Na quinta-feira, o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, havia reclamado que a sensação de insegurança se devia, principalmente, à ausência do governo federal na região fronteiriça.